17 julho 2009

por que eu?

Nasci assim, perto da longevidade.
Feito e refeito muitas vezes
Para não ser afeito a imprecisões
Tive que conter erros para ser humano

Confesso, com certa inquietude,
Que sou feito de pétalas orvalhadas
Por gotas de imensidão
E mesmo assim, pequeno, bem pequeno...
Sentindo-me apenas mais um,
Alguém lembra que
Sou um eu a ser mais.

Mas, por que eu?
Por que sinto tudo isso
Se já não me sinto mais?

Ah, como é difícil ser comum.
Acho que serei, então, um...
Sei lá...

Acho que serei eu.

(Do livro “Fragilidades de um eterno menino”)

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